CHAMADA DE EMERGÊNCIA – The Call

Cartaz do filme CHAMADA DE EMERGÊNCIA – The Call
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Opinião

“911, what’s your emergency?”

Fácil se imaginar na ponta de cá da linha, ligando para a emergência. Acidente, assalto, incêndio ou um simples rato na cozinha faz soar o telefone da central de emergência dos EUA. Mal comparando, algo como o nosso 190. Aliás, péssima comparação, ela só vale conceitualmente. O que a gente esquece de pensar é no aparato por trás da central, que além de equipamentos e processos definidos, precisa contar com recursos humanos preparados para aguentar a pressão de uma verdadeira emergência.

Esse é o ponto forte do filme, muito bem representado pela atriz Halle Berry (também em Noite de Ano Novo, Coisas que Perdemos Pelo Caminho). Ela é Jordan, uma moça experiente, treinada para receber as mensagens de emergência. Enviar socorro quando o acidente já aconteceu, parece mais simples. O mais complicado é manter a vítima calma e bolar uma estratégia de socorro quando ela está sob ameaça ou perseguição. Jordan atende uma adolescente (Abigail Breslin, também em Pequena Miss Sunshine, Uma Prova de Amor) que liga desesperada quando é raptada. Como manter a vítima tranquila? Como tomar a decisão, esquematizar um plano para que o pior não aconteça até que a polícia chegue ao local? É isso que é difícil imaginar e é preciso de gente muito bem treinada e equilibrada para uma operação bem sucedida.

Esse ponto do filme é muito bacana. Jordan precisa ganhar tempo, manter a calma e ser rápida, muito rápida. Enquanto isso, o socorro é enviado. Claro que nem tudo sai como esperado e é aí que eu fiquei presa na poltrona do cinema, pelo ritmo de suspense que o filme consegue dar.

No entanto, contudo, todavia…. Por que é que os diretores e roteiristas teimam em fazer finais tolos, sem graça? E é impressionante como têm a capacidade de anular todo o clima construído durante a narrativa. Chamada de Emergência tem uma toada bacana, é instigante, tem suspense, boa investigação, boa história, interessante temática…. E peca no final, quase que banalizando todo esse processo, optando por um desfecho tão improvável e inverossímil que até desanima.

Minha dica é a seguinte: aproveite os dois terços iniciais do filme. Depois dê todos os descontos que você tem na manga, para essa indústria que subestima a capacidade do espectador de lidar com finais mais inteligentes, menos engessados e não tão conclusivos. Teria sido um bom thriller se não fosse… Não serei estraga prazer, mas quando terminar, não diga que não avisei.

Nos cinemas: 12 de abril

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