BAARÌA – A PORTA DO VENTO – Baarìa

Cartaz do filme BAARÌA – A PORTA DO VENTO – Baarìa

Opinião

Com o mesmo diretor do inesquecível Cinema ParadisoBaarìa – A Porta do Vento já tem de cara um trunfo importante. No entanto, não chega nem aos pés do que é a obra-prima de Giuseppe Tornatore. Nem a linda música, também de Ennio Morricone, faz a diferença. Embora seu enredo permeie por boa parte da história da Itália do século 20, desde o regime facista de Mussolini, o pós-guerra e a ascensão do comunismo, seus personagens não encantam como encantou a dupla Alfredo e Salvatore. Nem de longe.

O que chama a atenção em Baaría é justamente a grandiosa produção que reconstitui as épocas, pontuando a vida simples do pequeno Peppino no vilarejo siciliano de Baarìa, a evolução das cidades, o modo de vida das pessoas. Esteticamente é de fato muito bonito, mas as 2h30 de filme custam um pouco a passar. Talvez se tivesse sido um pouco mais curto e se o diretor tivesse se aprofundado nos temas políticos (que não foram poucos), os personagens teriam mais expressão na trama toda e o enredo não seria tão arrastado. Talvez por isso não tenha durado muito nos cinemas – é filme para se ver em casa, bem acompanhado e sem qualquer pretensão fora da estética. Para se divertir, com certeza.

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