ASSALTO AO BANCO CENTRAL

Cartaz do filme ASSALTO AO BANCO CENTRAL

Opinião

Quem não se lembra do absurdo assalto a uma agência do Banco Central no Ceará, em 2005? Impossível esquecer a imagem do túnel de 84 metros, escavado sob o cofre do banco, e os R$ 164 milhões roubados. E impossível não se indignar com a façanha e com o despreparo do sistema de segurança.

Baseado nessa boa história, o diretor Marcos Paulo constrói uma obra de ficção e conta tudo com muito humor – principalmente em relação à investigação policial, comandada pelo sempre ótimo Lima Duarte e pela parceira tecnológica, Giulia Gam. Claro que muitas das situações engraçadas só fazem rir porque nos remetem à bagunça que são as investigações criminais, à impunidade recorrente no Brasil, à corrupção policial e outras coisas mais. Rir pra não chorar, pode ser. Mas o filme tem a intenção de divertir e de contar uma boa história, e não de ser moralista. Portanto, recheado de ironia, Assalto ao Banco Central foi pensado nesse formato para atrair o grande público.

E acho que consegue, porque a história é realmente muito boa – de tão improvável. Embora tenha cenas de violência, não acho que esse ponto estrague ou rotule o filme. O foco aqui é na logística do assalto, na ousadia do bando e na fragilidade da ética nas relações e da segurança nacional. O resto, é ironia do destino.

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