AS MONTANHAS SE SEPARAM – Mountains May Depart

Cartaz do filme AS MONTANHAS SE SEPARAM – Mountains May Depart
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Opinião

Falou em transformação na China, o nome referência é Zhangke Jia. É dele o filme Em Busca da Vida, que conta a história da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, e de como a população da região foi profundamente afetada. Também é dele o documentário Memórias de Xangai, sobre modernidade e tradição. E suas contradições. Sem ser óbvio, entrelaçando progresso e relacionamentos, expectativas e realidades de quem vive a transformação da era digital, o diretor faz sempre um recorte preciso – na pintura dos ganhos e perdas da China atual.

Ao som de Go West, da banda Pet Shop Boys, o filme sai do óbvio da trajetória da vida. Repleto de transformações – aliás, pautado por elas em três épocas diferentes – As Montanhas Se Separam vai mostrando o que aconteceu com o país gigante, que é o fiel da balança da economia mundial e que, culturalmente, já é um caldeirão de expectativas. A protagonista é Shen Tao, uma moça linda que tem que escolher entre dois pretendentes na virada do milênio, opta pelo mais promissor, tem uma vida cheia de vazios emocionais, é privada do convívio com o filho, mas incorpora, na sua trajetória, as transformações por que passa o país. Sofre, mas opta pela poesia e pela aceitação da vida com ela é.

Pela primeira e últimas cenas, a poesia já é uma só e o filme forma um todo. De 1999 a 2025, a vida de Shen Tao tem mais desencontros do que encontros – sem que isso precise minar sua alegria de viver.

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