ABC DO AMOR – Little Manhattan

Cartaz do filme ABC DO AMOR – Little Manhattan

Opinião

“As meninas sempre foram insuportáveis – até ontem!” – Gabe

Eu diria que os dois pontos mais tocantes de ABC do Amor têm tudo a ver com a minha vida neste momento. Meu filho mais velho acaba de completar 11 anos e me pergunto quando o desejo de comemorar o aniversário com os pais e com a irmã será substituído pelo jantar com a namorada; minha filha encontrou na patinete, que estava largada às traças e prestes a ser doada, a fórmula ideal para se encontrar com as pessoas – mesmo que imaginárias. Desliza com ela por onde a casa permite, indo a lugares inimagináveis.

São esses dos elementos que constroem a beleza ingênua do filme: de patinete, Gabe (Josh Hutcherson, também em Minhas Mães e Meu PaiPonte para TerabithiaViagem ao Centro da Terra) percorre as ruas de Manhattan, com liberdade e leveza, alimentando seu amor por Rosemary (Charlie Ray) e indo a lugares inimagináveis no seu coração. Agora com 11 anos, ele olha para ela com encanto, como quem vê uma princesa, e sofre com as descobertas do primeiro amor.

É esse panorama ingênuo que ABC do Amor transmite, em uma época em que saiu de moda falar do primeiro amor e em que ir jantar com os pais “dela” é coisa do passado. É pela ótica do sentimento puro e simples que o olho brilha pela primeira vez e ganha um efeito absolutamente transformador de quem está apaixonado. Do lado de cá da tela, as crianças acompanham atentos o andar da patinete – um exemplo saudável e divertido da experiência do primeiro amor.

Pincelado com humor e graça, a Manhattan desses pré-adolescentes é retratada como um oásis de tranquilidade. Nem sempre é assim, nem em todos os cantos da cidade. Mas isso pouco importa. O panorama novaiorquino é perfeito para a amizade dos dois em tudo que ele tem de bom. Dá vontade de sair de patinete por lá, relembrando principalmente as doçuras da primeira paixão.

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