A DELICADEZA DO AMOR – La Délicatesse

Cartaz do filme A DELICADEZA DO AMOR – La Délicatesse

Opinião

É delicado mesmo, o filme. Aliás, essa é uma das características mais marcantes da atriz francesa Audrey Tautou. Delicada e divertida, perfeita para uma comédia romântica, algo para ver bem acompanhado como o gostoso filme Uma Doce Mentira. Só acho que A Delicadeza do Amor poderia ser só A Delicadeza – o que seria mais sugestivo, mais simpático, seria fiel ao original francês La Delicatesse e não cairia no clichê do uso dessas palavras-chave “amor”, “felicidade”, etc.

Embora leve, conta uma história já conhecida, sem trazer nada de muito novo. Não acho que seja um filme para o cinema – é daqueles agradáveis para ver em casa, em DVD, absolutamente sem compromisso. Apesar de gracioso algumas horas, porque Tautou faz isso muito bem, gosto mais de outros filmes da atriz, que tem algo diferente – não entendam por diferente algo profundo, ou feito para pensar. O comentário é puramente sensitivo e de gosto particular. Vejam, por exemplo, Albergue Espanhol e Bonecas Russas e claro, O Fabuloso Destino de Amélie Polain.

O enredo é o seguinte: Nathalie (Audrey Tautou) é casada com o homem que ela ama, leva uma vida tranquila e alegre, com alguém que é um ótimo companheiro. Mas um acidente a deixa viúva muito jovem e ela precisa se reinventar. Mergulha no trabalho e é daí que surgem as novas situações e relacionamentos – mesmo com François Damiens (também em Como Arrasar um Coração, O Pequeno Nicolau) não têm propriamente um brilho especial. Talvez por isso tenha achado o filme agradável, mas sem sal. Sempre acho que Audrey Tautou é capaz de dar um toque especial. Talvez esteja na hora de ela se engajar em algum projeto de personagem mesmo, como Coco Antes de Chanel, e encarnar alguém que não a boa moça, simpática e estilo mignon. Senão, arrisca cair no dejà vu e desgastar sua delicada (e talentosa) imagem.

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