FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2017

Dia 07 começa o FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS – o mais “charmant” do país. Serão 19 filmes exibidos em 55 cidade em todo o Brasil, por 15 dias. Os destaques ficam por conta de filmes que já passearam pelos festivais internacionais, inclusive Cannes, que acabou de terminar. Voilà a vinheta logo abaixo e já comentários de alguns dos filmes.

 

FRANTZ, de François Ozon (também diretor de Uma Nova Amiga, Dentro da Casa) é uma poesia só. Em branco e preto – com um colorido que entra em momentos especiais –, fala de Anna (Paula Beer), uma jovem alemã que vive no pós Primeira Guerra, fica noiva-viúva do seu grande amor e mora com os sogros. Até que aparece um francês, chora no túmulo do seu namorado e entra na vida daquela família alemã pra mudar tudo. Passeou pelos festivais de Sundance, Toronto e Veneza, além de ter concorrido em nove categorias no César, o Oscar francês.

 

AMANHÃ, de Cyril Dion e Mélanie Laurent é ótimo e faz parar pra pensar. Olha só: em vez de a gente ficar reclamando que o mundo está poluído demais, aquecido demais, destruído demais, ruim demais, que tal ir atrás de soluções? Com isso em mente, a atriz e diretora francesa Mélaine e o marido saíram pelo mundo em busca de cidades e comunidades que já adoram um estilo diferente de vida (para ler o comentário completo, clique aqui).

 

TAL MÃE, TAL FILHA, de Noémie Saglio | Com Juliette Binoche (da vinheta), Camille Cottin e Lambert Wilson, conta a história improvável da mãe e filha que engravidam ao mesmo tempo. Filha mais madura que a mãe, uma inversão de papéis, uma comédia pra entreter – confesso que o riso fácil não chegou…

 

TOUR DE FRANCE, de Rachid Djaidani é um roadmovie. Adoro. Personagens que se movimentam sempre sofrem transformações. Far’Hook (Sadek) é um rapper que, apavorado com a ameaça feita por outros artista, resolve aceitar a oferta de um amigo e sair da cidade para ser o motorista do seu pai em uma viagem. O pai é Serge (Gérard Depardieu), um artista que quer ir de Paris até Marseille, passando de porto em porto, seguindo a rota feita pelo pintor Joseph Vernet. No caminho, rapper e pintor, com suas diferenças, vão desentendendo-se e entendendo-se, até que a amizade surge. Olhar suave e jovem, algo do improviso do rap, inclusive nas imagens de celular. Trivial, nada de diferente ou especial, com Depardieu naquele papel do pai sisudo e emburrado (mais do masmo), em contrapartida ao rap Sadek, que tem outro repertório cultural.

 

RODIN, de Jacques Doillon, com Vincent Lindon, não chega nem aos pés do inesquecível Camille Claudel, de 1988, com Isabelle Adjani. Nem aos pés. Pensar em alguém mais pra ser a Camille é demais da conta. A escultora deste filme de Doillon não tem o brilho, a loucura ou a graça de Isabelle. E Depardieu (o Rodin de 1988) é melhor e bem menos chato que Lindon. Adoro Lindon, mas aqui ficou lento, desinteressante, mesmo no papel do mulherengo e sedutor escultor francês. Indicado à Palma de Ouro em Cannes. Não entendi, mas tudo bem.

 

UM INSTANTE DE AMOR, de Nicole Garcia

A VIDA DE UMA MULHER, de Stéphane Brizé

O REENCONTRO, de Martin Provost

NA VERTICAL (Rester Vertical), de Alain Guiraudie

NA CAMA COM VITÓRIA (Victoria), de Justine Triet

CORAÇÃO E ALMA (Reparer les Vivants), de Katell Quillévéré

ROCK’N ROLL – POR TRÁS DA FAMA (Rock’n Roll), de Guillaume Canet